"Somos os primeiros!Estamos em primeiro lugar no ranking dos divórcios da Europa dos 15. Mais dia menos dia, vamos acabar por ficar em primeiro no Festival Eurovisão da Canção, vão ver...
O problema não é haverem muitos divórcios. É haverem muitos casamentos. Os portugueses passam a vida a casar. Não há fim-de-semana que não se oiçam buzinas a anunciar um novo enlace pelas terras deste país.
E tanto alarido para quê? Para depois figurarmos em primeiro lugar nos divórcios. Ok... é uma meta. Para se casarem entopem as conservatórias, que podiam estar a tratar de coisas muitíssimo mais importantes. Depois tornam a entupir as conservatórias para se divorciarem.
Entopem, e de que maneira a já entupida e a rebentar pelas costuras, justiça portuguesa, porque se não se conseguiram entender no casamento, muito menos se entendem no divórcio e precisam que outras instâncias tomem decisões por eles. E tudo porque lhes apeteceu casar... Não há paciência!
Os casamentos deviam ser como os contratos de telecomunicações: «Temos aqui este telemóvel topo de gama para lhe oferecer e mais €10 em chamadas mensais. Fica porém, com a obrigatoriedade de permanência de dois anos com a nossa operadora. Está interessado(a)?»
Assim, sabemos exactamente quais são os nossos benefícios e as nossas obrigações. E depois é só cumprir, sem se poder desistir. E se vemos que há várias operadoras a oferecer a mesma qualidade de atendimento e não temos a certeza de conseguirmos decidir, então optamos pelos serviços pré-pagos. Temos as telecomunicações na mesma, mas sem assinatura mensal. Sem grandes compromissos. Podemos usar os anéis mas os dedinhos ficam cá deste lado muito «sossogaditos»."
Texto encontrado em:
Inferno Feminino
Que acham? Que o casamento devia ser realmente um contrato, como se apresenta nestes termos? Que as pessoas têm noção do que é realmente o casamento? Por que razão não resultam os casamentos se o namoro até à data era do melhor (ou então não)?
Comentem ;)
sexta-feira, 4 de maio de 2007
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3 comentários:
Bom, de facto, o divórcio é cada vez mais o caminho encontrado quando as coisas não resultam entre duas pessoas. Na minha modesta opinião (Ozzy) acho que isso vem da falta de tolerância que cresce abruptamente entre o ser humano. Não se tratam apenas de casais... embora o termo divórcio se ajuste apenas a estes casos; acho que hoje as pessoas estão habituadas a ter exactamente o que querem, não estando preparadas para fazer sacrifícios em troca. Estamos na era do "quero, tudo, e agora", não havendo por isso espaço para a compreensão, a solidariedade, a amizade... Até mesmo entre amizades se pratica o "divórcio", por "toma lá dá cá aquela palha" duas pessoas até então amigas quebram os laços que as unem... Para mim, é o reflexo global da sociedade egoista em que vivemos. A solução? Talvez dar espaço para que as pessoas (gerações) compreendam que não existe a outra metade "perfeita", mas sim um ser humano com quem se gosta de estar, mas que tem divergências, aos mais variados níveis, e que ambas as partes têm que trabalhar, procurando o sucesso da relação. Passámos do 8 ao 80: antes não se praticava o divórcio porque parecia mal, porque o casamento era uma promessa perante Deus (o medo que a religiao incutia era esmagador...) enfim, por uma série de razões; hoje existe divórcio porque não ha tolerancia para compreender as diferenças entre 2 pessoas, nem há espirito de sacrificio para acompanhar o(a) outro(a) numa relaçao, muitas vezes, contrariando gostos, preferencias, etc... Em jeito de futorologia, acho que caminhamos para um Mundo onde a monogamia desaparecerá com o tempo, e com ela, a noção de família, a um primeiro nível, e de grupo (de amigos, de trabalho, etc) depois. Daqui a uns anitos, será cada um(a) com o seu PC, ligação à internet, e siga pra bingo... Horrível não é? :(
Eu concordo com o comentário anterior. Mas para mim é-me igual ao litro...se querem casar, casam e mais nada. Se querem divorciar, divorciam e mais nada. É a nossa liberdade de movimentos (que felizmente nos é permitida...) Vamos lá a ver, as pessoas são todas crescidinhas e autónomas...se decidem casar, elas lá sabem aquilo que estao a fazer. Mas também uma coisa é certa, não há amor que dure para sempre, por isso...
A decisão de casar é um momento, para muitos a solução de vários problemas ( imagina que te casas com alguém cheio de massa ), mas para alguns a prova evidente de que o casamento não serve e só atrapalha.
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